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Preparação para concursos públicos é tema de evento online da Escola do MP

31/07/2020

Mais de 130 espectadores assistiram, na noite da última segunda-feira (27/7), o evento “Preparação para concurso público: trajetórias e experiências”, com os Promotores de Justiça do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) Ana Maria Horn, Andréia Tonin, Saulo Henrique Alessio Cesa e Paulo Henrique Lorenzetti. Em cerca de duas horas de conversa, nossos convidados falaram sobre suas trajetórias acadêmicas e profissionais, deram valiosas dicas de estudos e responderam dúvidas dos estudantes e colegas de carreira que acompanharam o evento em nosso canal do YouTube. 

Os Promotores de Justiça iniciaram o evento com uma rodada de apresentação, na qual fizeram um resumo sobre vida acadêmica, escolha da carreira no Ministério Público, estudos, aprovação e posse na instituição. “A ideia dessa conversa é mostrar que a aprovação em um concurso público, seja no Ministério Público, na magistratura, nas carreiras policiais ― civil ou militar ― ou qualquer outro concurso, não é um ato de genialidade ou de sorte. É um ato de esforço, de abdicação e dedicação”, frisou Paulo Lorenzetti que já foi aluno da Escola do MP e hoje em dia é professor da disciplina de Sonegação Fiscal na instituição.

Após as apresentações, os palestrantes comentaram algumas das questões nas quais os estudantes têm mais dificuldade ou curiosidade em saber por parte de quem ingressou em uma carreira pública. A primeira dica foi um alerta sobre a importância de tomar cuidado com os famosos “mitos de concurseiros”. Essas falácias sobre os certames, como “o MP não aprova candidatos de outros estados” ou “só não fui aprovado porque não estudei, pois a prova estava muito fácil” se disseminam e distanciam os estudantes da realidade, além de alimentar comparações injustas entre colegas. A verdade, de acordo com os promotores, é que os concursos são muito difíceis e algumas pessoas tentam vender facilidades para tirar vantagem da situação. Por isso, é importante que os candidatos menos experientes fiquem atentos e não caiam nesses contos.

Atualmente, há um imenso volume de materiais, aulas e cursos disponíveis na internet. A propagação dessas informações acaba por formar estudantes com uma base de conhecimentos muito semelhante, além de garantir proporção nacional aos certames de todas as carreiras. Por conta desse cenário, a aprovação tende a tornar-se mais trabalhosa.

Em relação aos métodos de estudo, assunto de especulação intensa entre os alunos, houve consenso sobre fazer a revisão dos conteúdos, pois é imprescindível que o estudante memorize muitas informações e perceba onde estão seus erros. Respeitar as particularidades e desenvolver uma estratégia que seja adaptável à rotina de cada pessoa também foi unanimidade entre os convidados. 

A Promotora de Justiça Andréia Tonin conta que tentou diversos métodos e cursinhos até encontrar o seu modo de estudar. Ela lembra que desperdiçou muito tempo ao cometer o equívoco de utilizar o mesmo método da graduação. Ao perceber que eram situações de estudos diferenciadas, passou a “jogar o jogo do concurso” e substituiu as doutrinas pela leitura de lei seca em seu cronograma.

Andréia Tonin fez ainda uma importante recomendação: “para cada concurso é interessante fazer um curso voltado àquela instituição”, pois geralmente os conteúdos específicos é que vão a fundo nos pontos mais importantes do edital.

Saulo Cesa está entre os Promotores de Justiça do MPSC que passaram pelas salas de aula da Escola do MP. Ele reconhece a importância da instituição em sua formação e afirma que não há aprovação em concurso público sem o momento decisivo de mergulho nos estudos. Para ele, todos os candidatos irão chegar no ponto onde será imprescindível abdicar da vida social e familiar para fazer imersão total nos livros. O candidato pode estar estudando aos poucos, porém quando o edital for lançado ou a prova estiver próxima de ser realizada, essa decisão será necessária. Baseado em sua experiência pessoal, de quem passou por outras carreiras públicas antes de chegar ao MP, ele oferece um conselho aos candidatos que estão estudando para um edital que não é o seu objetivo final: “priorize as matérias em comum com o edital da sua carreira dos sonhos”. Desse modo, o candidato vai adquirindo o conhecimento necessário para a prova principal sem abrir mão dos desafios do presente.

O Promotor de Justiça recomenda ainda que o tempo de estudo de cada disciplina seja dosado de acordo com o seu peso na prova, ou seja, “estudem mais o que cai mais”, ele completa. Ao dividir a semana de estudos, é importante que o estudante priorize as disciplinas que têm maior incidência naquela prova para garantir um melhor desempenho. 

Saber controlar a ansiedade é um dos grandes desafios enfrentados por quem está prestes a fazer um concurso. É comum que os candidatos estudem para a primeira fase já pensando nas etapas seguintes, porém é essencial passar por cada uma delas com dedicação exclusiva àquele tipo de conteúdo. O promotor Saulo Cesa é muito claro sobre o concurso do MPSC: “quando estiverem ‘esquentando’ para passar na primeira fase, comecem a estudar as peças processuais”. Ele defende que antes disso não é produtivo criar uma situação de estresse por conta da fase discursiva. Por fim, diz que o mesmo vale para a prova oral “não fiquem aterrorizados com a prova oral antes de chegar nela”.

Ana Maria Carvalho também compartilhou algumas técnicas utilizadas em seus estudos. Para ela, criar novos jeitos de estudar foi uma estratégia eficiente e proveitosa. A Promotora de Justiça conta que reunia-se com um grupo de amigos para emular o ambiente de aplicação das provas e para estudar disciplinas nas quais tinha mais dificuldade, como direito ambiental. Ana Maria diz que a discussão entre colegas facilita muito no momento de resolver as dúvidas e é uma experiência enriquecedora.

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